sábado, abril 21, 2007

O Mundo é um Moinho

Cara , eu nunca ouvi direito. Até sinto vergonha de dizer que nunca escutei Cartola da maneira como ele deve ser escutado.

"De cada amor tu herdarás só o cinismo".

É isso.

sábado, abril 14, 2007

On and On and On

A vida continua , minha gente.
Das derrotas , a menos amarga.
Dos males , o menor.
Das paixões , a mais rápida.

Apaixonado por Wilco. Não , não é ninguém , é uma banda.

A guitarra de Jeff Tweedy me acalma , na linha evolutiva que começa com Neil Young e passa pelos Cowboy Junkies.

On and On and On.

domingo, abril 08, 2007

Photograph

It's in the photograph
It's in the photograph of love.

Pessoinha , pessoinha , feliz páscoa!
É muito chocolate , é muito chocolate... só toma cuidado pra não sentar nos ovos... :D
(Eu precisava de uma piadinha sacana).

Abração!

sábado, abril 07, 2007

Creep

Sim , Creep. É a do Radiohead.

Ouvir essa música na voz do Damien Rice às três da madrugada de um sábado é pedir pra querer cortar os pulsos logo em seguida. O velho Bruno - apaixonado , angustiado e notívago - está de volta. Mas dessa vez , diria a Vivi , vai dar tudo certo.

Tudo tudo tudo vai dar pé.

quarta-feira, abril 04, 2007

Vou Te Levar

Não , eu não estou ouvindo Charlie Brown.
Sim , é a música do Lobão.
Sim , o Lobão. Aquele mesmo.
Sim , tem um refrão bacana.
Sim , eu respondo suas perguntas antes de você fazê-las.
Sim , eu sei que eu sou chato.
Não , eu vim aqui pra te fazer rir.

Aos amigos que me disseram para divulgar a crônica pra guria , eu já fiz isso. Provocou a reação esperada - ela adorou , disse que ninguém nunca tinha escrito algo tão bacana sobre ela , me pediu pra escrever mais e disse que escreveria algo assim para mim , mas com metade do talento. Duvido que ela faça algo pior que o meu - , mas não em escala imaginada. Faltou algo , mas pelo menos eu já abri o meio-de-campo pra tabelar com o ataque. Daqui a pouco fica 1 a 0 pra mim , eu aposto.

Sim , é rídiculo comparar a vida ao futebol.
Sim , o Lula faz isso.
Sim , eu não gosto do Lula.
Não , eu tenho tendências de esquerda.
Não , eu não sou comunista.
Sim , eu sou liberal-esquerdista. Seja lá o que isso signifique.
Sim , eu faço narrações em off.

Narrações em off , clichês e canções. A cada dia , a minha vida é pautada por essas três coisas. Um dia sem clichês não é um dia , assim como a vida sem música seria um erro.

Sim , eu vou parar de dizer bobagens.
Sim , eu digo muitas bobagens.
Não , tem gente que gosta.
Sim , elas são pessoas consideradas normais.
Não , eu vou indo mesmo.
Sim , boa noite.
Sim , eu volto quando der.

domingo, abril 01, 2007

Fidelity

Fidelity
(Bobagens Sobre Uma Tela Branca do Bloco De Notas)

Você lia aquele livro verde do Veríssimo e dava suas risadas com as crônicas dele - e as suas risadas me faziam feliz naquele momento - , eu achando maravilhoso o livro curtinho do Galera e buscando algo que a história dele contasse que pudesse me dar uma sacada romântica pra chegar em ti - outra cantada barata que eu tirei das comédias românticas de Hollywood; essa eu acho que saiu do "Mensagem Pra Você" (entrelaçar livros com pessoas). Mas este é o grande problema , chegar em ti. Eu não sei se te amo , não sei se é só algo passageiro. Fato é que você não é qualquer guria , dessas que se encontram em qualquer esquina ou festa da cidade. Porra , você faz piadas tão inúteis quanto as minhas - e olha que as minhas piadas são totalmente inúteis - , escuta bandas que eu nunca pensei que outra pessoa neste país de terceiro mundo fosse escutar - mesmo que eu as tenha apresentado pra ti , mas também é pedir demais - e eu nunca achei uma guria que realmente fosse que nem você.

Confesso que se não fosse por você , eu nem teria ido no cinema com o pessoal hoje. Na verdade , eu não teria ido mesmo. Eu já estava indo embora quando percebi a bobagem que eu faria. Trocar conversar contigo pra ir na Galeria do Rock procurar uma camiseta do Weezer - putz , Weezer , meu Deus! , deveria ser uma banda que conta histórias com as quais eu me identificava no ginásio - seria uma grande bobagem.

E quando você me diz que quer escutar Regina Spektor , eu me sinto de certa maneira , feliz. Porque Regina Spektor me faz sorrir , porque eu te apresentei Regina Spektor - o fato do professor de história ter falado dela foi apenas um aceleramento do processo - e simplesmente , porque você me faz rir , e me faz feliz. Sim , eu estou sendo repetitivo. Sim , isto é para de fato você acreditar nisso.

Ruim for ter ido pra casa - e a minha casa é bem longe do cinema que a gente foi - sozinho , à noite , depois de uma chuva de verão , passando por lugares que eu nunca tinha visto. Dá uma depressão danada. A parte pior foi saber que ao chegar em casa eu não ia te encontrar , porque você vai numa festa que eu , tolo como sempre , não quis ir pois ficava muito longe de casa e acabei me arrependendo amargamente de não ter ido. Agora fico aqui escrevendo esta crônica idiota , tentando preenchê-la com elementos da cultura pop - algo que você valoriza , de uma maneira que eu também valorizo. Isto não passa de uma declaração barata de afeto , eu reconheço - o primeiro passo para corrigir um erro é admitir o erro. No caso , meu erro é continuar querendo fazer alguém gostar de mim por escritos , não por palavras. Talvez porque eu ainda seja muito covarde pra chegar em ti e dizer com palavras o que eu quero.

Não há nada como ter coisas pra escrever e ver essa tela branca do bloco de notas esperando pra receber milhares de caracteres. O problema é saber a hora de parar , quando o texto chega ao limite do repetitivo e do sacal. Quando o escritor está tão empolgado com seu texto e começa a escrever bobagens. Exatamente como agora. Ponto final.