sábado, março 17, 2007

Better

Regina Spektor Me Faz Sorrir

Foi em setembro do ano passado. É , eu lembro bem. Eu tinha acabado de passar uma tarde horrível no shopping, vendo um filme que eu não gostei com um pessoal que eu não gostava e ainda tendo que ver a menina que eu gostava nos braços de outro. Cheguei em casa absolutamente melancólico e decidi colocar no meu windows media player o disco de uma guria russa que tocava com os Strokes e o Takeda tinha falado bem no blog dele. Não que eu gostasse dos Strokes , mas se o Takeda falou bem a chance de ser bom é grande. Essa guria se chama Regina Spektor.

Aconteceu o seguinte: fiquei feliz , como d'água pro vinho. Passei reto pelas duas primeiras faixas - "Fidelity" e "Better" - e só comecei a perceber alguma genialidade em "Samson" - lembro bem , achei parecida com Joni Mitchell. E tão feliz que eu estava , escrevi um texto mais ou menos como esse aqui no meu antigo blog. E eu não tinha ouvido nem metade do disco , vejam só.

De lá pra cá, fiz o meu pai gostar da Regina Spektor , fiz minha tia trazer o disco dela dos Estados Unidos pra mim , vi o clipe de "Fidelity" passar mil vezes na Sony e vi outros clipes dela. E cada vez que eu ouço Regina Spektor , eu sorrio. Porque a sinceridade dela cantando é algo que eu não consigo explicar. Porque eu achei um vídeo dela que ela dá ano novo pra todo mundo. No meio de Nova Iorque. E outro que ela faz compras na feira. E eu sorrio com isso tudo. O mundo de Regina Spektor é um mundo colorido , onde o amor funciona como em comédias românticas dos anos noventa.

Não nego que sempre quis viver numa comédia romântica dos anos 90. De preferência , com a Julia Roberts no papel feminino e tocando "Better" no fundo.

5 comentários:

Anônimo disse...

Tá, eu conto que você pode assistir Heroes direto em http://tvseries.tubezoom.com se você der um jeito de colocar um player neste blog pra gente ouvir suas dicas.

Anônimo disse...

ja coloquei no emule..agora quero ouvir.
beijosssssss

Anônimo disse...

Vou ver se consigo achar algo sobre ela,MC.
Valeu a dica
Abração!!

Anônimo disse...

Apresentei essa mulher em 19 de agosto de 2006 lá no Rascunho. E tem lá um post teu...

Marco disse...

Grande Bruno, é impressionante como a música tem esse poder de nos fazer entrar em altas viagens romanticas.
Outra coisa:
Depois de ler o seu comentário sobre a tal música, fui perguntar aos amigos do meu tope se eles sabiam o que era EMO. Nenhum sabia. Perguntei ao sobrinho da minha namorada - 20 anos. Ele me deu a explicação que depois li no seu outro comentário.
Não fiquei surpreso em saber que existe uma "tribo" (foi a expressão que o sobrinho de minha namorada usou) que gosta de músicas com tal especificidade. Não é novidade mesmo. Desde os anos 50, grupos de jovens se separavam pelo gosto musical (uns, preferindo o swing das big bands, outros, o som selvagem do rock and roll), pelas roupas que usavam, pelas gírias. Nos anos 60, a geração Paz e Amor também preferia um tipo de música, e tinha seu comportamento específico, assim como os negros na black music dos anos 70 e assim por diante.
Desde muito não sigo tendência nenhuma. Se gosto de alguma coisa, uma canção, por exemplo, eu simplesmente gosto e ouço. Não tenho interesse em saber de que agrupamento ela pertence. Mesmo porque, depois de uma certa idade (você vai descobrir isso quando chegar lá...), você se sente um pouco acima do bem e do mal e vai cagar pra modismos e tribalismos. Eu debocho claramente de modas. Não sigo nenhuma "tribo", aliás, nem índio eu sou.
Mas sobre as características dos EMOS, tirando o fato - segundo o sobrinho de minha namorada - deles gostarem de se maquiar e outras veadagens, eu não tenho nada contra o rock balada que eles preferem. Eu também gosto de uma boa balada (palavra aqui diferente do sinônimo de cair na gandaia; balada no sentido de música de temática romântica). Letras falando de "mal de amor" existem aos montes no cancioneiro mundial. Algumas nem tem letras que valham a pena. Só par dar um exemplo, "Don't Let Me Down", dos Beatles, pode ser, pelo que pude entender, uma canção EMO. Assim como "Somebody to love", do Queen. Ou outras de uma pá de gente. Estou querendo dizer que o modismo EMO vai passar, ficarão canções que se têm alguma qualidade, resistirão às areias do tempo. Se não têm, afundarão no meio delas. Com a cada vez maior complexidade da sociedade, os grupos, as partições tenderão a ser mais complexas também. Por mim, não me importo se as guitarras chorosas dos EMOS ressoarem pelas emissoras de Rádio. O que tiver qualidade, fica, permanece. O que não tiver, some. Bem, essa é a minha opinião nem um pouco abalizada. Foi bom porque eu descobri o que a moçada de hoje anda curtindo ou odiando. Desculpe pelo tamanho do comentário. Eu não tenho o seu e-Mail. Só posso me comunicar contigo pelo espaço dos "comments".
Um forte abraço. Boa semana. Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.